Notícia

14 de Julho de 2021
Volume de vendas do comércio cresce 1,4% em maio e setor cria mais de 60 mil postos de trabalho

Depois do recuo observado em março de 2021, o volume de vendas do comércio acumula duas altas seguidas. De acordo com o IBGE, em maio de 2021, o avanço foi 1,4%, na comparação com o mês imediatamente anterior. Já o comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de automóveis, motos e materiais para construção, cresceu 3,8%, na mesma base de comparação.

Com esses resultados, o setor já registra um volume de vendas maior do que o observado antes da pandemia. Ressalva-se, porém, que a recuperação não é homogênea. Alguns segmentos do comércio ainda registram um volume de vendas abaixo da média de antes da crise. É o caso do segmento de livros, revistas e papelaria; vestuário; equipamentos de escritório; e combustíveis.

Os dados de vendas referentes a junho ainda serão apurados, mas o Indicador de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas, mostrou que, no último mês, houve um avanço na avaliação da situação atual por parte dos comerciantes. Esse indicador pode ser visto como um antecedente do desempenho do setor.

Por sua vez, os dados de emprego mostram que, em maio de 2021, o setor de comércio criou 60,5 mil novos postos de trabalho. Esse número representa 22% do total de vagas criadas na economia.

No cenário macroeconômico, merece destaque o persistente avanço da inflação, que acumula alta de 8,35% nos últimos 12 meses. Isso fez o Banco Central elevar a taxa SELIC pela terceira vez consecutiva.

Dados sobre a saúde financeira do consumidor mostram, por fim, níveis recordes de endividamento. O Indicador de Endividamento das Famílias, apurado pela CNC, mostrou que o percentual de famílias que possuem dívidas, não necessariamente atrasadas, cresceu ao longo da pandemia. Já o Banco Central constatou um avanço do percentual da renda comprometida com dívidas junto ao Sistema Financeiro Nacional.

Em síntese, as atividades comerciais seguem se recuperando, ao mesmo tempo que se observa uma diminuição dos casos de contaminação por Covid-19 e se avança com a vacinação. Essa combinação melhora as perspectivas para o segundo semestre. Todavia, ainda restam como pontos de atenção o avanço do endividamento das famílias, com seu impacto potencial sobre a evolução da inadimplência, e o número ainda elevado de desempregados.

Fonte: CNDL (Estudo Panorama do Comércio)


Autor: Assessoria de Imprensa


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